Claudia Ferreira Alves
Deus criou a humanidade
E naquele momento,
Com sua sensibilidade
Quis tanger-lhe o sentimento
Colocou-se a meditar...
Precisava de seu sorriso
Mas também era preciso
Fazer o homem chorar
Pensou em alguém como a gente,
Um pouco mais diferente,
Um tanto menos vulgar.
Inspirou-se numa rosa
Para finalmente criar
O ser de alma generosa.
Antes mesmo de florir,
Ainda pequeno botão,
Ganharia coragem de abrir
Com a mais pura emoção,
Revelando vários matizes,
Fazendo outros seres felizes.
Para livrar-nos do azedume
Inebriaria com seu perfume,
Encantaria com sua beleza!
Com extrema sutileza
Guardaria as agruras do caminho
Na proteção do espinho.
E num arroubo divino,
Plantou nos jardins do destino
A alma do poeta!
Distribuindo cuidadosamente,
De forma suave e correta,
A pequenina semente.
É assim que desde então,
O homem comum sente.
Pela vida erra, acerta...
E pulsa-lhe um coração!