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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Alma de poeta

Claudia Ferreira Alves

Deus criou a humanidade
E naquele momento,
Com sua sensibilidade
Quis tanger-lhe o sentimento

Colocou-se a meditar...
Precisava de seu sorriso
Mas também era preciso
Fazer o homem chorar

Pensou em alguém como a gente,
Um pouco mais diferente,
Um tanto menos vulgar.
Inspirou-se numa rosa
Para finalmente criar
O ser de alma generosa.

Antes mesmo de florir,
Ainda pequeno botão,
Ganharia coragem de abrir
Com a mais pura emoção,
Revelando vários matizes,
Fazendo outros seres felizes.

Para livrar-nos do azedume
Inebriaria com seu perfume,
Encantaria com sua beleza!
Com extrema sutileza
Guardaria as agruras do caminho
Na proteção do espinho.

E num arroubo divino,
Plantou nos jardins do destino
A alma do poeta!
Distribuindo cuidadosamente,
De forma suave e correta,
A pequenina semente.

É assim que desde então,
O homem comum sente.
Pela vida erra, acerta...
E pulsa-lhe um coração!


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